#alternate alternate alternate × TIPO EM SUA PESQUISA E PRESSIONE ENTER Buscar ____________________ Carregando... Carregando... Lisboa Secreta Lisboa Secreta Subscrever * * * * (BUTTON) * O Que Fazer * Notícias * Gastronomia * Cultura * Viagens * Natureza & Bem-estar * Guias Secretos Poemas sobre a saudade, este sentimento tão português Não há palavra ou sentimento tão português quanto a saudade. Carolina Bessa Carolina Bessa Carolina Bessa • Abril 9, 2020 livro de poemas livro de poemas Foto por @thought-catalog Com a pandemia e agora com a guerra na Ucrânia, vivemos tempos de grande incerteza, e em que nos é pedido isolamento e distanciamento social. Nunca a saudade foi tão apertada. Nem sempre podemos estar com a nossa família ou com os nossos amigos e, por vezes, até somos obrigados a ficar em casa. A saudade não se explica, sente-se. E hoje, todos os portugueses a sentem da mesma maneira e com a mesma intensidade. Este é também um tema recorrente na literatura portuguesa, seja prosa ou poesia. Hoje, por ser Dia Internacional da Poesia, partilhamos alguns poemas sobre a saudade. A saudade é um sentimento único e tão bonito. O facto de sentirmos saudade significa que vivemos. E que temos algo bom à nossa espera quando tudo isto passar. Junta-te e (re)lê estes poemas portugueses connosco: Espero, Sophia de Mello Breyner Andresen Espero sempre por ti o dia inteiro, Quando na praia sobe, de cinza e oiro, O nevoeiro E há em todas as coisas o agoiro De uma fantástica vinda. Minha Terra, Florbela Espanca A. J. Emídio Amaro Ó minha terra na planicie rasa, Branca de sol e cal e de luar, Minha terra que nunca viu o mar Onde tenho o meu pâo e a minha casa… Minha terra de tardes sem uma asa, Sem um bater de folha… a dormitar… Meu anel de rubis a flamejar, Minha terra mourisca a arder em brasa! Minha terra onde meu irmâo nasceu… Aonde a mâe que eu tive e que morreu, Foi moça e loira, amou e foi amada… Truz… truz… truz… Eu não tenho onde me acoite, Sou um pobre de longe, é quase noite… Terra, quero dormir… dá-me pousada! Quis Deixar-me A Que Eu Adoro, Luíz Vaz de Camões Apartava-se Nise de Montano, Em cuja alma, partindo-se, ficava, Que o pastor na memória a debuxava, Por poder sustentar-se deste engano. Por ũa praia do Índico Oceano Sobre o curvo cajado se encostava, E os olhos pelas águas alongava, Que pouco se doíam de seu dano. Pois com tamanha mágoa e saudade, (Dizia) quis deixar-me a que eu adoro, Por testemunhas tomo céu e estrelas. Mas se em vós, ondas, mora piedade, Levai também as lágrimas que choro, Pois assim me levais a causa delas. Saudade, Mia Couto Magoa-me a saudade do sobressalto dos corpos ferindo-se de ternura dói-me a distante lembrança do teu vestido caindo aos nossos pés Magoa-me a saudade do tempo em que te habitava como o sal ocupa o mar como a luz recolhendo-se nas pupilas desatentas Seja eu de novo tua sombra, teu desejo tua noite sem remédio tua virtude, tua carência eu que longe de ti sou fraco eu que já fui água, seiva vegetal sou agora gota trémula, raiz exposta Traz de novo, meu amor, a transparência da água dá ocupação à minha ternura vadia mergulha os teus dedos no feitiço do meu peito e espanta na gruta funda de mim os animais que atormentam o meu sono Fímbria de Melancolia, Vergílio Ferreira Fímbria de melancolia, memória incerta da dor, ouço-a no gravador, no fado que não se ouvia quando ouvia o seu clamor. Porque era já no passado o presente dessa hora e que me ressoa agora a um outro mais alongado. Assim a dor que se sente no outro obscuro de nós nunca fala a nossa voz mas de quem de nós ausente, só a nós próprios consente quando não estamos nós mas mais sós do que ao estar sós. Onde então estamos nós? Nostalgia, Florbela Espanca Nesse País de lenda, que me encanta, Ficaram meus brocados, que despi, E as jóias que p’las aias reparti Como outras rosas de Rainha Santa! Tanta opala que eu tinha! Tanta, tanta! Foi por lá que as semeei e que as perdi… Mostrem-me esse País onde eu nasci! Mostrem-me o Reino de que eu sou Infanta! O meu País de sonho e de ansiedade, Não sei se esta quimera que me assombra, É feita de mentira ou de verdade! Quero voltar! Não sei por onde vim… Ah! Não ser mais que a sombra duma sombra Por entre tanta sombra igual a mim! Tenho Uma Saudade Tão braba, Vitorino Nemésio Tenho uma saudade tão braba Da ilha onde já não moro, Que em velho só bebo a baba Do pouco pranto que choro. Os meus parentes, com dó, Bem me querem levar, Mas talvez que nem meu pó Mereça a Deus lá ficar. Enfim, só Nosso Senhor Há-de decidir se posso Morrer lá com esta dor, A meio de um Padre Nosso. Quando se diz «Seja feita» Eu sentirei na garganta A mão da Morte, direita A este peito, que ainda canta. Sabes onde podes encontrar muitos outros poemas como estes? Numa destas 8 livrarias espalhadas pela cidade. 8 livrarias que tens mesmo que descobrir em Lisboa IFRAME: about:blank IFRAME: https://lisboasecreta.co/8-livrarias-que-tens-de-descobrir-em-lisboa/em bed/#?secret=938ZCp3DXe __________________________________________________________________ Cultura Recebe-nos na tua inbox Subscreve a nossa newsletter para saberes as últimas novidades da tua cidade. ____________________ Subscrever [ ] Aceito os termos e condições Deixe este campo vazio se for humano: ____________________ Secret Media Network Secret Media Network SUBIR * * * * Sobre a Lisboa Secreta Quem somos Anuncia connosco Promove o teu evento Contacto Lisboa Secreta Lisboa Secreta (BUTTON) Categorias * O Que Fazer * Notícias * Gastronomia * Cultura * Viagens * Natureza & Bem-estar * Guias Secretos * Contacto * Sobre a Lisboa Secreta * Anuncia connosco Siga-nos * * * * Recebe-nos na tua inbox Subscreve a nossa newsletter para saberes as últimas novidades da tua cidade. ____________________ Subscrever [ ] Aceito os termos e condições Deixe este campo vazio se for humano: ____________________ Subscrever (BUTTON) Recebe-nos na tua inbox Subscreve a nossa newsletter para saberes as últimas novidades da tua cidade. ____________________ Subscrever [ ] Aceito os termos e condições Deixe este campo vazio se for humano: ____________________ (BUTTON) ×